domingo, 7 de setembro de 2008

ECIB - Estudos da Competitividade Brasileira

Em 1993, sob a coordenação do prof. Luciano Coutinho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com financiamento do projeto do ministério da Ciência e da Tecnologia/Banco Interamericano do Desenvolvimento (MCT/BIRD) foi elaborado um conjunto de Estudos da Competitividade Brasileira. ECIB.

A ECIB analisou oito complexos que são:

1 Agroindústria

2 Químico

3 Metalmecânico

4 Eletrônico

5 Celulose

6 Material de Construção

7 Extracomplexo (Indústria Mobileira)

Os três pilares recomendado pela ECIB para o Desenvolvimento Tecnológico são:

Políticas que articulem: Ordenamento macroeconômico; desenvolvimento de infraestruturação produtiva e tecnológica; implementação de regulação que induzam comportamentos competitivos e ações de fomento ao estimulo a modernização das empresas do trabalho.

Num novo estilo de desenvolvimento fundado em novas relações entre Estado, Setor Privado e Sociedade; para isto é necessário ampliar espaços e renovar pautas de negociação entre os agentes econômicos, orientados para o desenvolvimento competitivo da indústria.

Na legitimação e na busca de coesão social em trono dos objetivos da competitividade, de tal forma que o comportamento dos atores sociais fundamentais (empresários e trabalhadores) se oriente para distribuição eqüitativa dos ganhos e benefícios deste Processo.

O ECIB traz recomendações quanto ‘as estratégias que as empresas brasileiras podem utilizar na busca da sua capacitação tecnológica para a competitividade:

  • Elevação de modo gradual e sustentado da capacitação em inovação;
  • Aprofundamento e difusão das inovações organizacionais;
  • Mudança qualitativa na relação com os fornecedores,
  • Interação com usuários e consumidores;
  • Busca de sinergia interna nas estratégias de diversificação;
  • Captura de sinergias através de alianças e acordos de cooperação;
  • Avanço na organização de novas bases financeiras e na parceria entre banco indústria.

Hélio Gomes de Carvalho lembra ainda que, mesmo com essas recomendações, não devemos esquecer vantagem da indústria brasileira que é o tamanho do mercado interno. Isto pode ajudar a melhorar este avanço de competitividade a nível global.

O Prof. José Adeodato de Souza Neto, em 1992, escreveu a Organização e Dinâmica da Relação Governo Setor-Produtivo para o Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (envolvendo a Política Indústria e de Comércio Exterior – PICR, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP, o Programa de Capacitação da Indústria - PCI e o Programa de Apoio ‘a Capacitação Tecnológica da Indústria) através da qual verificou em que medida as estruturas e os instrumentos dos órgãos e agências apresentavam compatibilidade e adequação e com as políticas.

Tanto com Souza Neto, quanto com Coutinho e Ferraz, a necessidade de um novo tipo de relação entre os agentes econômicos é ressaltada. Através de parceria efetiva e da articulação sistêmica que deve substituir a tradicional liderança unilateral do Estado. Processos de efetiva cooperação que devem ser ajustados e desenvolvidos atendendo as necessidades e características de cada parte envolvida, sem esquecer do objetivo de fomentar a competitividade. Isso leva ao desenvolvimento, geração de empregos com qualidade e melhoria na qualidade de vida da população.

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