segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Medidas empresariais segundo Reich

O processo produtivo, que antes se centrava no desenvolvimento de máquinas pesadas, e tinha com principal fator motor novas linhas de produções em grande escala, agora tem como fatores predominantes a microeletrônica e a biotecnologia. Fatores estes que necessitam de uma atividade voltada intensivamente para a informação.

O conhecimento é o fator predominante para atuar no mercado de trabalho.

As empresas que são agentes dessa revolução, e para isso devem tomar a atitude de inovar o sistema produtivo, ser flexível, pensar na estrutura horizontal, ter áreas integradas, atualização e troca de informações entre os funcionários, rotatividade de funções, contratação de pessoal jovem com formação atualizada.

Segundo Robert B. Reich as empresas que estão sobrevivendo e sobreviverão a nível mundial estão mudando.

Pensando em atendimento personalizado, individualizado e focalizado na necessidade que o cliente tenha no momento, independente de sua localização.

As habilidades que essas empresas precisam ter são:

  1. Habilidade de resolver problemas, encontrar soluções;
  2. Habilidade para auxiliar os clientes entendendo suas necessidades, e assim personalizar seus serviços.
  3. Habilidades em fazer com que os solucionadores de problemas estejam trabalhando em conjunto com os identificadores de problemas.

Reich diz ainda que “cada participante está a procura de idéias que impulsionam o grupo para adiante”.

È necessário prover formas que levem mais integração entre os gestores e trabalhadores.. O papel das organizações que buscam essa melhoria é a de preparar o terreno para as inovações utilizando das integrações e mecanismos de autocontrole, que leve, entre outras coisas, a responsabilidade do gestor para o gerido. Pois nesta troca e transferências a empresa acaba se beneficiando.

As formas que serão partilhados os benefícios desse novo arranjo é algo que deve sempre ser discutida. Pois isso eleva o status do trabalhador com a vantagem da empresa elevar seu nível competitivo.

domingo, 7 de setembro de 2008

ECIB - Estudos da Competitividade Brasileira

Em 1993, sob a coordenação do prof. Luciano Coutinho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com financiamento do projeto do ministério da Ciência e da Tecnologia/Banco Interamericano do Desenvolvimento (MCT/BIRD) foi elaborado um conjunto de Estudos da Competitividade Brasileira. ECIB.

A ECIB analisou oito complexos que são:

1 Agroindústria

2 Químico

3 Metalmecânico

4 Eletrônico

5 Celulose

6 Material de Construção

7 Extracomplexo (Indústria Mobileira)

Os três pilares recomendado pela ECIB para o Desenvolvimento Tecnológico são:

Políticas que articulem: Ordenamento macroeconômico; desenvolvimento de infraestruturação produtiva e tecnológica; implementação de regulação que induzam comportamentos competitivos e ações de fomento ao estimulo a modernização das empresas do trabalho.

Num novo estilo de desenvolvimento fundado em novas relações entre Estado, Setor Privado e Sociedade; para isto é necessário ampliar espaços e renovar pautas de negociação entre os agentes econômicos, orientados para o desenvolvimento competitivo da indústria.

Na legitimação e na busca de coesão social em trono dos objetivos da competitividade, de tal forma que o comportamento dos atores sociais fundamentais (empresários e trabalhadores) se oriente para distribuição eqüitativa dos ganhos e benefícios deste Processo.

O ECIB traz recomendações quanto ‘as estratégias que as empresas brasileiras podem utilizar na busca da sua capacitação tecnológica para a competitividade:

  • Elevação de modo gradual e sustentado da capacitação em inovação;
  • Aprofundamento e difusão das inovações organizacionais;
  • Mudança qualitativa na relação com os fornecedores,
  • Interação com usuários e consumidores;
  • Busca de sinergia interna nas estratégias de diversificação;
  • Captura de sinergias através de alianças e acordos de cooperação;
  • Avanço na organização de novas bases financeiras e na parceria entre banco indústria.

Hélio Gomes de Carvalho lembra ainda que, mesmo com essas recomendações, não devemos esquecer vantagem da indústria brasileira que é o tamanho do mercado interno. Isto pode ajudar a melhorar este avanço de competitividade a nível global.

O Prof. José Adeodato de Souza Neto, em 1992, escreveu a Organização e Dinâmica da Relação Governo Setor-Produtivo para o Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (envolvendo a Política Indústria e de Comércio Exterior – PICR, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP, o Programa de Capacitação da Indústria - PCI e o Programa de Apoio ‘a Capacitação Tecnológica da Indústria) através da qual verificou em que medida as estruturas e os instrumentos dos órgãos e agências apresentavam compatibilidade e adequação e com as políticas.

Tanto com Souza Neto, quanto com Coutinho e Ferraz, a necessidade de um novo tipo de relação entre os agentes econômicos é ressaltada. Através de parceria efetiva e da articulação sistêmica que deve substituir a tradicional liderança unilateral do Estado. Processos de efetiva cooperação que devem ser ajustados e desenvolvidos atendendo as necessidades e características de cada parte envolvida, sem esquecer do objetivo de fomentar a competitividade. Isso leva ao desenvolvimento, geração de empregos com qualidade e melhoria na qualidade de vida da população.

Olhando para trás para conhecer o presente

A questão relevante não se trata da inserção do Brasil no Mercado Internacional, porém a forma como se deve fazer a abertura e a inserção. (Velosso.1994).

Já perceberam que a maioria das citações neste estudo tem mais de 10 aos e o que é relevante agora difere do que era relevante em 1994? Bom, tenho que estudar este artigo e então é bom entender o que acontecia na década de 90. O Brasil queria entrar no mercado externo, a qualquer custo, houve perda do sentimento nacionalista, buscava-se credibilidade internacional à custa do fundamento macroeconômico do interesse nacional. O país estava excessivamente endividado, mas o combate à inflação era um fator importante para esta entrada, a poupança externa era compensada com a diminuição da poupança interna, em 1998 essa credibilidade que estava sendo ganha se evaporou, em 2002 toda a política neoliberal presente no artigo que estou estudando perdia força. Já na década de 90, o êxito americano que ainda sustentava pelo sucesso financeiro perde com o declínio da economia americana.
O globalista, ou entreguista pareceu-me mais uma demonstração da incapacidade do país.

sábado, 6 de setembro de 2008

PDTI/PDTA (Programa de Desenvolvimento da Indústria e da Agropecuária

O aumento do custo de pesquisa e desenvolvimento é repassado assim como a redução da durabilidade dos produtos. Existe então uma cobertura de riscos, uma indução de projetos (indução é quando tiramos de uma idéia particular uma idéia geral,não parece algo arriscado?! Porém esta palavra é usada pelo autor que estou estudando como orientação, levar alguém para fazer algo). Oferta de subsídios (ajuda ‘as empresas e empreendimentos) e suporte a reestruturação de setores. O ministério da ciência e tecnologia do Brasil (MCT), através das Leis 8661/93, que aborda incentivos fiscais para capacitação tecnológica da indústria e Agropecuária – PDTI/PDTA (Programa de Desenvolvimento da Indústria e da Agropecuária).

Com o objetivo de estimular investimentos privados em pesquisa e inovação, decisivos para aumentar o nível de competitividade das empresas brasileiras, foram criados pela Lei 8.661/93 e regulamentada pelo Decreto 949/93, alterada pela Lei 9.532/97, os incentivos fiscais para a capacitação tecnológica da indústria e da agropecuária.

Finalidade
O PDTI/PDTA têm por objetivo a capacitação tecnológica da indústrias e da agropecuária brasileira, visando a geração de novos produtos, processos ou evidente aprimoramento de suas características.

Quem pode participar
Empresas instaladas no País, isoladamente, associações de empresas e associações entre empresas e entidades de pesquisa, que, para fins de desenvolvimento tecnológico, invistam em:

  • Pesquisa básica dirigida
  • Pesquisa dirigida
  • Desenvolvimento experimental
  • Serviço de apoio técnico

Como apresentar
O PDTI/A deve ser apresentado conforme formulários estabelecidos pelo MCT, a serem preenchidos com as informações básicas da empresa interessada e entregue em alguma agencia da FINEP.

Parece o mundo dos sonhos, mas quando eu vejo o físico teórico experimental sem mercado de trabalho, onde o engenheiro e o advogado recebem os cargos destes, vejo um empecilho cultural de raízes do tempo do império.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Tecnologia de alto custo.

No artigo que estou estudando, Hélio Gomes transcreve a seguinte frase:
“Novas tecnologias corroem, equalizam ou propulsionam a vantagem comparativa de uma empresa, garantindo a sua sobrevivência ou condenado-a ao desaparecimento”.
Prof. Jacques Macovitch da FEA/USP (ex-reitor) e atual secretário da economia e planejamento. Fica a pergunta, como a tecnologia pode corroer uma empresa. Na edição deste artigo citado, que foi publicado em abril/junho 1991 Revista de Administração São Paulo volume 26 no 2 página 12 a 21. Ele comenta que a “disseminação da mentalidade tecnológica entre a maioria das empresas é lenta em economias corroídas pelo vírus da inflação que mina as forças de um sistema produtivo”. Conclui o pensamento dizendo que os empresários são atraídos para um mercado financeiro especulativo.
O pensamento corrente é que empresas com espírito empreendedor, equipando-se com novas tecnologias e aprendendo o melhor uso são capazes de enfrentar um mercado competitivo.
Os fatores importantes são o conhecimento tecnológico, competência organizacional, finanças, experiência de produção, rede de fornecedores e clientes, conhecimento do mercado, as empresas usam da tecnologia como instrumento competitivo. Mas o fator custo tecnológico em suas atualizações tende a se tornar caro e, assim as vantagens menores para um mercado sustentável.